Miomas Uterinos (miomatose)

Introdução

A miomatose uterina, também conhecida como fibromatose uterina, é uma condição caracterizada pela presença de múltiplos miomas (ou fibromas) no útero. Miomas são tumores benignos que se formam a partir do tecido muscular do útero e podem variar em tamanho e número. Embora sejam não cancerosos, podem causar uma variedade de sintomas desconfortáveis e, em alguns casos, podem levar à necessidade de uma histerectomia, a remoção cirúrgica do útero.

Fatores de Risco e Causas

Embora a causa exata dos miomas uterinos não seja completamente compreendida, vários fatores de risco estão associados ao seu desenvolvimento:

1. Idade: Mulheres em idade reprodutiva, especialmente entre 30 e 50 anos, têm maior probabilidade de desenvolver miomas.
2. Histórico Familiar: Mulheres com parentes de primeiro grau (mãe ou irmã) com miomas têm um risco aumentado.
3. Raça: Mulheres afrodescendentes são mais propensas a desenvolver miomas e frequentemente apresentam casos mais graves.
4. Hormônios: O estrogênio e a progesterona, hormônios que estimulam o desenvolvimento do revestimento uterino durante cada ciclo menstrual, parecem promover o crescimento dos miomas.
5. Obesidade: O excesso de peso pode estar associado a um risco aumentado de desenvolver miomas.

Sinais e Sintomas

Os sintomas da miomatose uterina variam amplamente e podem incluir:

– Menstruação Abundante: Fluxo menstrual intenso e prolongado, frequentemente com coágulos.
– Dor Pélvica: Desconforto ou dor na região pélvica.
– Pressão na Bexiga: Necessidade frequente de urinar ou dificuldade em esvaziar a bexiga completamente.
– Constipação: Pressão sobre o intestino pode causar constipação.
– Dor Durante as Relações Sexuais: Desconforto ou dor durante o ato sexual.
– Aumento Abdominal: Inchaço ou aumento do abdômen.

Diagnóstico

A miomatose uterina é frequentemente diagnosticada durante exames ginecológicos de rotina. Métodos adicionais de diagnóstico incluem:

1. Ultrassonografia: Utiliza ondas sonoras para criar imagens do útero e identificar miomas.
2. Ressonância Magnética (RM): Fornece imagens detalhadas do útero e dos miomas.
3. Histeroscopia: Um exame visual do interior do útero utilizando um pequeno telescópio inserido através do colo do útero.
4. Laparoscopia: Procedimento cirúrgico minimamente invasivo que permite visualizar diretamente o interior da cavidade pélvica.

Tratamento

O tratamento dos miomas uterinos depende da gravidade dos sintomas, do tamanho e da localização dos miomas, da idade da paciente e do desejo de preservar a fertilidade. As opções de tratamento incluem:

1. Medicamentos: Podem ajudar a controlar os sintomas, como anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) para dor e medicamentos hormonais para reduzir o tamanho dos miomas.
2. Terapias Minimamente Invasivas: Incluem embolização da artéria uterina, ablação endometrial e miomectomia laparoscópica.
3. Cirurgia: Para casos mais graves, a miomectomia (remoção dos miomas) ou a histerectomia (remoção do útero) pode ser necessária.

Condições para Histerectomia

A histerectomia pode ser considerada uma opção quando outras formas de tratamento falham ou não são adequadas. As condições que podem levar à decisão de realizar uma histerectomia incluem:

1. Sintomas Graves: Sangramento menstrual excessivo, dor pélvica intensa ou anemia severa que não respondem a outros tratamentos.
2. Tamanho e Número de Miomas: Miomas grandes ou múltiplos que causam distorção do útero ou pressão sobre órgãos adjacentes.
3. Complicações Reprodutivas: Infertilidade ou abortos recorrentes atribuídos aos miomas.
4. Recorrência Após Tratamentos: Miomas que retornam ou continuam a crescer após outras formas de tratamento.
5. Desejo de Não Ter Mais Filhos: Mulheres que não desejam preservar a fertilidade podem optar pela histerectomia como solução definitiva.

 Tipos de Histerectomia

Existem diferentes tipos de histerectomia, dependendo da extensão da remoção:

1. Histerectomia Total: Remoção do útero e do colo do útero.
2. Histerectomia Subtotal: Remoção apenas do útero, preservando o colo do útero.
3. Histerectomia Radical: Remoção do útero, colo do útero, parte da vagina e tecidos circundantes, geralmente indicada em casos de câncer.

Recuperação Pós-Operatória

A recuperação após uma histerectomia varia conforme o tipo de procedimento e a via de acesso (aberta, laparoscópica ou vaginal). Em geral:

– Internação Hospitalar: Pode variar de 1 a 3 dias.
– Tempo de Recuperação: Geralmente de 6 a 8 semanas para uma histerectomia abdominal aberta e de 2 a 4 semanas para abordagens minimamente invasivas.
– Cuidados Pós-Operatórios: Incluem manejo da dor, evitar atividades físicas intensas, cuidados com a ferida cirúrgica e acompanhamento médico para monitorar a recuperação.

 Conclusão

A miomatose uterina é uma condição comum que pode causar sintomas significativos e impactar a qualidade de vida das mulheres afetadas. O tratamento deve ser individualizado, levando em consideração os sintomas, a saúde geral da paciente e suas preferências pessoais. A histerectomia é uma opção eficaz para muitas mulheres, especialmente quando outros tratamentos não são viáveis ou não produzem os resultados desejados. A decisão de realizar uma histerectomia deve ser feita em conjunto com um médico, após uma avaliação cuidadosa dos benefícios e riscos.

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