Introdução
O câncer de estômago, também conhecido como câncer gástrico, é um tipo de câncer que se desenvolve a partir das células da mucosa do estômago. Embora a incidência do câncer de estômago tenha diminuído nas últimas décadas em muitos países, ele continua a ser uma das principais causas de morte por câncer no mundo. O diagnóstico precoce é desafiador, pois os sintomas iniciais são muitas vezes inespecíficos.
Fatores de Risco
Diversos fatores podem aumentar o risco de desenvolver câncer de estômago:
1. Histórico Familiar: Ter parentes próximos com câncer de estômago pode aumentar o risco.
2. Infecção por H. pylori: A infecção crônica pelo Helicobacter pylori é um fator de risco significativo.
3. Dieta: Dietas ricas em alimentos salgados, defumados ou processados e pobres em frutas e vegetais frescos.
4. Fumo: O tabagismo aumenta o risco de câncer de estômago.
5. Condições Médicas: Condições como gastrite crônica, anemia perniciosa e pólipos gástricos.
6. Idade e Sexo: Homens e pessoas acima de 50 anos têm maior risco.
7. História de Câncer: Ter tido outros tipos de câncer, especialmente no trato gastrointestinal.
Sinais e Sintomas
Os sintomas do câncer de estômago podem ser vagos e muitas vezes se assemelham a outras condições menos graves. Os sintomas mais comuns incluem:
– Dor ou desconforto abdominal persistente.
– Sensação de plenitude após comer pequenas quantidades de alimento.
– Perda de apetite e peso inexplicável.
– Náuseas e vômitos, especialmente com sangue.
– Sangue nas fezes, que pode ser percebido como fezes escuras ou alcatroadas.
– Fadiga e fraqueza.
Diagnóstico
O diagnóstico do câncer de estômago envolve várias etapas para confirmar a presença do tumor e determinar sua extensão:
1. História Clínica e Exame Físico: Avaliação dos sintomas e exame físico detalhado.
2. Endoscopia Digestiva Alta: Procedimento que utiliza um endoscópio para visualizar o interior do estômago e coletar biópsias de áreas suspeitas.
3. Exames de Imagem: Tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e tomografia por emissão de pósitrons (PET) para avaliar a extensão do câncer.
4. Biópsia: Análise histopatológica do tecido gástrico para confirmar o diagnóstico e determinar o tipo e grau do câncer.
Estadiamento
O estadiamento do câncer de estômago é essencial para planejar o tratamento adequado. O sistema de estadiamento mais utilizado é o TNM, que considera:
– T (Tumor): Extensão do tumor primário.
– N (Linfonodos): Presença de câncer nos linfonodos regionais.
– M (Metástase): Disseminação do câncer para outras partes do corpo.
Os estágios variam de I (localizado) a IV (disseminado).
Tratamento
O tratamento do câncer de estômago depende do estágio da doença, da saúde geral do paciente e de outros fatores. As principais opções de tratamento incluem:
1. Cirurgia: A cirurgia é a principal forma de tratamento, especialmente para cânceres localizados. Pode envolver:
– Gastrectomia Parcial: Remoção de parte do estômago.
– Gastrectomia Total: Remoção total do estômago, com reconstrução do trato digestivo.
– Linfadenectomia: Remoção dos linfonodos próximos para verificar a disseminação do câncer.
2. Quimioterapia: Uso de medicamentos para destruir células cancerígenas, que pode ser administrada antes (neoadjuvante) ou após (adjuvante) a cirurgia.
3. Radioterapia: Uso de radiação para destruir células cancerígenas. Pode ser combinada com a quimioterapia.
4. Terapia Alvo e Imunoterapia: Tratamentos mais recentes que visam especificamente células cancerígenas ou estimulam o sistema imunológico a combater o câncer.
Prognóstico e Recuperação
O prognóstico do câncer de estômago depende do estágio no momento do diagnóstico. Em geral, o câncer diagnosticado em estágios iniciais tem um prognóstico melhor. A recuperação varia conforme o tipo de tratamento e a resposta do paciente.
– Cirurgia: A recuperação de uma gastrectomia pode ser longa e requer adaptações na dieta e no estilo de vida.
– Quimioterapia e Radioterapia: Podem causar efeitos colaterais como fadiga, náuseas e queda de cabelo.
Acompanhamento
Após o tratamento inicial, o acompanhamento regular é crucial para:
– Monitorar Recidivas: Verificar se o câncer retornou.
– Gerenciar Efeitos Colaterais: Tratar complicações ou efeitos colaterais a longo prazo do tratamento.
– *Apoio Nutricional e Psicológico: Oferecer suporte para a adaptação às mudanças no estilo de vida e saúde mental.
Prevenção
Embora não seja possível prevenir todos os casos de câncer de estômago, algumas medidas podem reduzir o risco:
– Dieta Saudável: Consumo de frutas e vegetais frescos e redução de alimentos salgados, defumados e processados.
– Evitar o Tabagismo: Parar de fumar reduz significativamente o risco.
– Tratar Infecções por H. pylori: Uso de antibióticos para erradicar a infecção pode diminuir o risco de câncer de estômago.
Conclusão
O câncer de estômago é uma condição grave que requer diagnóstico precoce e tratamento adequado para melhorar as chances de sobrevivência. A conscientização sobre os fatores de risco e os sintomas é essencial para a detecção precoce. Com avanços nos métodos de tratamento e um manejo adequado, é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes diagnosticados com essa condição.
(Pedir agendamento com a Dra. Renata Nunes Corrêa Garcia.)
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